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terça-feira, 19 de julho de 2016

Tanto, mas tanto tempo sem aqui vir…

Tenho andado andado à procura da minha maneira de lidar com a diabetes, a aprender e a explorar novas maneiras de viver como diabética tipo 1. E o percurso nem sempre tem sido o mais fácil.

Depois da famosa lua de mel, tive vários períodos com descontrolos das glicémias e isso teve um grande impacto em mim. Sempre fui altamente dedicada (há quem diga controladora J) e sempre fiz tudo por ter boas glicémias: contar hidratos de carbono, medir a glicémia com muita regularidade, fazer imenso desporto, registar tudo... e mesmo assim havia números inexplicáveis, frustrantes, irritantes.

Mas quem vive com diabetes sabe que isto é mesmo assim: é impossível controlar tudo, e temos de aprender a lidar com estas frustrações. Vão sempre haver medições inexplicáveis. Comes o mesmo de sempre, dás a mesma insulina, dormes o mesmo, fazes as mesmas atividades, e, do nada, BUMMM, lá está uma hiper! Ou uma hipo!

Só que eu não lido nada bem com isso. E, saber que isso “é normal” não me deixa mais satisfeita ou sossegada. Percebi que para me sentir bem e conseguir continuar a evoluir no meu desporto – a escalada – teria de encontrar a minha maneira de lidar com a diabetes e por isso continuei sempre a fazer experiências. Com comidas, desporto, diferentes modos de dar insulina – mais ou menos lenta, a diferentes horas, partida em duas doses...

Enfim, tenho sido o meu próprio laboratório e tenho chegado a algumas conclusões do que melhor funciona comigo. 

Agora faço uma dieta “ketogenic” que acho que em português se chamará cetónica ou cetogénica, e tenho conseguido um controlo muito melhor das glicémias. Sobretudo, consigo passar dias e dias sem hipos nem hipers o que é muitíssimo diferente do que era a minha realidade há alguns meses atrás.

A ver se num futuro próximo partilho mais sobre as minhas experiências aqui. Não no intuito de dar uma “receita” do que se deve ou não deve fazer, mas para motivar quem também não está satisfeito com os seus resultados a nível de controlo de glicémias ou a nível desportivo a fazer experiências e encontrar maneiras de os melhorar. 

À procura de equilíbrio na escalada e na vida

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