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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Alimentação para desportistas diabéticos

Comer é essencial durante as atividades desportivas mais longas – caminhadas, btt, montanhismo, escalada, etc.. Mas para diabéticos, a escolha dos alimentos pode ser complicada.

Para mim é! Como já devem saber, costumo fazer escalada, normalmente durante todo o dia. Por isso tenho de me ir alimentando. Os meus amigos escaladores usam uma série de alimentos para desporto como bebidas energéticas, barras de cereais, barras proteicas, etc. Para mim, a maioria é totalmente errada. O isostar, por exemplo, é como um shot de açúcar que vai quase directamente para o sangue e me provoca hiperglicemias. As barras normalmente têm também demasiado açúcar…

A alimentação durante o exercício depende sobretudo do tipo e intensidade do exercício. Nas longas caminhadas que fiz durante o verão, comi barras e géis com muitos açúcares e mantive a glicemia baixa, mas na escalada não posso fazer isso porque os gastos energéticos são relativamente baixos – a duração da actividade é geralmente curta, pausada, intercalada com descansos e portanto os gastos bastante menores do que por exemplo na corrida ou bicicleta.

Por isso, preciso de hidratos de carbono de absorção lenta. Mas também preciso de proteínas e sais minerais e esses normalmente vêm em produtos com muito açúcar que não me fazem nada bem…
Tenho testado algumas alternativas e em breve coloco-as aqui. Entretanto deixo-vos alguma informação que tenho andado a pesquisar sobre a relação entre a diabetes, o desporto e os gastos energéticos:

Durante o exercício, os músculos vão buscar energia à glicose e às gorduras. Primeiro começam por utilizar a glicose disponível nas células e no sangue e rapidamente passam à glicose armazenada no fígado. O fígado também pode produzir glicose a partir de proteínas. Quando as necessidades energéticas aumentam, a glicose só por si já não é suficiente para manter os músculos a funcionar e começamos a utilizar gorduras (normalmente armazenadas em tecidos como cintura, ou coxas). 

A utilização destes combustíveis está dependente de hormonas, sendo a insulina uma das mais importantes: permite a entrada da glicose nas células; promove o armazenamento de glicose pelo fígado; inibe a libertação de glicose pelo fígado; inibe a libertação de gorduras dos tecidos adiposos e promove a síntese de proteínas. Outras hormonas funcionam no sentido oposto à insulina, promovendo por exemplo a utilização de gorduras. O nosso organismo, vai utilizando estas várias hormonas durante a atividade física de modo a que haja sempre “combustível” para as células funcionarem. 

A diabetes complica o bom funcionamento desta complicada máquina. Um diabético tipo 1, ao aplicar injecções de insulina regularmente, está a tentar reproduzir este equilíbrio. Um diabético tipo 2, ao tomar medicação, está a fazer o mesmo. No entanto, estes ajustes “artificiais” que os diabéticos fazem dependem muito do tipo e intensidade da atividade física – os diabéticos têm por isso de aprender a ajustar a quantidade de insulina que utilizam (ou outra medicação no caso dos tipo 2) e a alimentação ao exercício que vão fazer. E isto só se consegue com experiência… Mais informação aqui e aqui.

1 comentário:

  1. olá...boa tarde!! conhece o SUUM - www.suum.com.br e o Glicofast - www.glicofast.com.br. Podem ser úteis!
    Ivo

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