Tenho
andado andado à procura da minha maneira de lidar com a diabetes, a aprender e
a explorar novas maneiras de viver como diabética tipo 1. E o percurso nem sempre tem
sido o mais fácil.
Depois
da famosa lua de mel, tive vários períodos com descontrolos das glicémias e
isso teve um grande impacto em mim. Sempre fui altamente dedicada (há quem diga
controladora J) e sempre fiz tudo por
ter boas glicémias: contar hidratos de carbono, medir a glicémia com muita
regularidade, fazer imenso desporto, registar tudo... e mesmo assim havia
números inexplicáveis, frustrantes, irritantes.
Mas
quem vive com diabetes sabe que isto é mesmo assim: é impossível controlar tudo,
e temos de aprender a lidar com estas frustrações. Vão sempre haver medições
inexplicáveis. Comes o mesmo de sempre, dás a mesma insulina, dormes o mesmo,
fazes as mesmas atividades, e, do nada, BUMMM, lá está uma hiper! Ou uma hipo!
Só que eu não lido nada bem com isso. E, saber que isso “é normal” não me deixa mais satisfeita ou sossegada. Percebi que para me sentir bem e conseguir continuar a
evoluir no meu desporto – a escalada – teria de encontrar a minha maneira de
lidar com a diabetes e por isso continuei sempre a fazer experiências. Com comidas, desporto,
diferentes modos de dar insulina – mais ou menos lenta, a diferentes horas,
partida em duas doses...
Enfim,
tenho sido o meu próprio laboratório e tenho chegado a algumas conclusões do
que melhor funciona comigo.
Agora
faço uma dieta “ketogenic” que acho que em português se chamará cetónica ou
cetogénica, e tenho conseguido um controlo muito melhor das glicémias.
Sobretudo, consigo passar dias e dias sem hipos nem hipers o que é muitíssimo
diferente do que era a minha realidade há alguns meses atrás.
A
ver se num futuro próximo partilho mais sobre as minhas experiências aqui. Não
no intuito de dar uma “receita” do que se deve ou não deve fazer, mas para motivar quem também não está satisfeito com
os seus resultados a nível de controlo de glicémias ou a nível desportivo a fazer
experiências e encontrar maneiras de os melhorar.
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À procura de equilíbrio na escalada e na vida |