Quando comecei a monitorizar as minhas glicemias, parecia
que nada fazia muito sentido. Lembro-me de um dia, depois de passar toda a
manhã a escalar, tendo comido o pequeno almoço muito cedo e apenas 1 maçã e 2
bolachas a meio da manhã, medi a glicemia e tive 1 valor bastante elevado.
Fiquei perplexa e a pensar que nem maçãs podia comer. Nessas primeiras férias
de escalada depois de ficar com diabetes perdi mais de
2kg a tentar seguir as indicações que me tinham dado para regular os níveis de
glicemia.
Felizmente depois conheci uma médica que me explicou o
efeito da adrenalina. Em desportos como a escalada, há libertação de elevadas
quantidades de adrenalina nos momentos de maior tensão: uma queda ou mesmo o
pensar que podemos cair podem fazer disparar a libertação de adrenalina. Esta
adrenalina, por sua vez, aumenta os níveis de açúcar no sangue. Quem medir a
glicemia nessa altura vê que está com hiperglicémia e tenta fazer a glicemia
baixar para valores normais: ou não come, ou, no caso dos insulino-dependentes,
dá 1 dose extra de insulina. Mas a verdade é que pode ter de fazer o oposto:
ingerir uma porção de hidratos de carbono. Isto porque os açúcares libertados
aquando de uma descarga de adrenalina, são rapidamente reabsorvidos pelo
organismo. Se 1 diabético já tomou precauções para baixar a glicémia pode mesmo
entrar em hipoglicémia quando a adrenalina deixa de fazer efeito.
Por isso, para diabéticos desportistas, é essencial aprender
a reconhecer estas situações em que a hiperglicémia se deve à adrenalina e
aprender a geri-las. Uma hiper seguida de hipo pode acabar com o dia de
desporto…
Nessa manhã da maçã, tinha acabado de dar 1 grande queda quando
medi a glicemia e foi por isso que tive 1 valor tão elevado… e o facto de não
ter comido depois fez com que me sentisse fraca o resto do dia.
Olá, tudo bem? Adorei seu blog. Sou diabética também e descobri a pouco tempo. Estou começando a me conhecer agora e a medir certinho. Criei um blog também para contar minhas experiencias
ResponderEliminarUm beijo